É domingo a noite e você lembra que amanhã começa mais uma semana de trabalho! Como você se sente?
Sentiu uma Angústia, Tristeza ou Irritação?!
Saiba que você e a grande maioria da população se sentem assim!
Já parou para pensar o porquê tantas pessoas não gostam do trabalho?
Segundo a Gallup (2016) consultoria norte-americana especializada em recursos humanos, 87% dos funcionários ao redor do mundo está infeliz no trabalho. Ou seja, de maneira muito simplista, podemos dizer que 9 em cada 10 funcionários está desengajado.
Este dado é preocupante por várias questões, a primeira é a social, o trabalho é uma das principais ferramentas de contribuição para o desenvolvimento econômico e social de uma nação, logo pessoas insatisfeitas, serão menos produtivas e por consequência o país empobrece.
A segunda é a perspectiva humana, pessoas infelizes em suas funções estão mais suscetíveis a problemas e doenças de caráter psicológico, como depressão, stress, síndrome do pânico entre outras. Um exemplo disso é a cidade de São Paulo, que é o polo de trabalho no Brasil, a cidade que é considerada por muitos locomotiva econômica do país.
São Paulo é também a cidade que apresenta a maior quantidade de problemas mentais do mundo, quase 30% da população apresenta algum problema. Os transtornos de ansiedade são os mais comuns na região metropolitana de São Paulo, cerca de 20% dos entrevistados dizem sofrer com a ansiedade. Segundo dados da OMS – Organização Mundial de Saúde (2012), que coordena a pesquisa The World Mental Health Survey Initiative, após analisar 145 mil pessoas em 28 países.
A terceira perspectiva é a empresarial, embora exista um discurso padrão de que as pessoas são o ativo mais importante, existe claramente um distanciamento entre o discurso e a realidade. Isso depende de uma série de fatores e contextos organizacionais, mas podemos perceber que a grande maioria das empresas ainda não percebeu que tem problemas com a sua força de trabalho.
Em grande parte, isto ocorre por uma miopia corporativa. Apesar de parecer óbvio, que as empresas são constituídas de pessoas, e que se estas mesmas pessoas estiverem infelizes provavelmente o desempenho da empresa não será bom… Os Líderes dessas organizações muitas vezes insistem em concentrar esforços nos resultados e indicadores financeiros.
Conheci ao longo de minha carreira, uma grande quantidade de executivos e trabalhadores, que buscam desesperadamente no auxilio de profissionais da saúde, na grande maioria psiquiatras, a solução mágica para a infelicidade através da prescrição de remédios para melhorar a desempenho e diminuir a tristeza que estes sentem ao trabalhar. Alguns recorrem ao aconselhamento de carreira, através de coachs e psicológos, outros buscam na religião… Mas muito disso poderia ser evitado se as lideranças empresariais estivessem verdadeiramente comprometidas com o bem estar dos colaboradores no ambiente de trabalho. Ainda mais em um período de recessão como o que estamos vivendo.
Então, o que pode ser feito para reverter este quadro? Sobre a Perspectiva Pessoal.
– Defina a sua visão de longo prazo, valores e propósito, desenhe um plano com datas para realizar ações que te levarão mais próximo do seu objetivo;
– Procure uma organização que esteja alinhada com os seus valores e propósitos pessoais;
– A culpa é 50% da empresa e 50% sua, então ao invés de culpa-la é mais fácil buscar uma nova organização para colaborar;
– Enquanto você não faz a transição prepare-se para a mudança através de cursos que deixaram você mais preparado, realize trabalho voluntário, invista em relacionamentos que podem te auxiliar em uma recolocação, atualize seu perfil no linkedin e mapeie constantemente o mercado;
– Vale lembrar que todos os ofícios tem problemas, até aqueles que parecem mais prazerosos tem seus dias ruins, então, aproveite para desenvolver a resiliência e faça uma analise critica para ver se você está realmente infeliz na organização ou se é algo momentâneo.
Então, o que pode ser feito para reverter este quadro? Sobre a Perspectiva Empresarial:
– A organização deve entender que é importante identificar como o trabalhador percebe e enxerga o seu trabalho;
– Sensibilizar através de treinamento e comunicação as lideranças sobre a importância de temas como: Qualidade de Vida no Trabalho, Engajamento, Work Balance, Alinhamento de Propósitos e Valores entre Empresa e os Colaboradores;
– Realizar uma pesquisa de clima robusta, que aponte a percepção da força de trabalho sobre a empresa, bem como os principais problemas;
– Buscar o comprometimento formal dos líderes em iniciativas e projetos de melhoria do clima organizacional, através do emprego de novas abordagens, modelos gestão e design de funções em um trabalho conjunto entre diversos especialistas em processos e recursos humanos;
– Monitorar continuamente o clima, para verificar se as ações surtiram efeito.
Embora pareça algo simples, estas iniciativas quando bem concebidas são complexas, demandam tempo e uma mudança cultural que deve partir da conselho da empresa, presidência e diretorias até chegar no chão de fábrica. Ou seja, para começar é essencial o comprometimento da alta liderança.
Além disso, é importante destacar, que não existe uma receita de bolo, existem muitas ferramentas e abordagens que podem ser empregadas para uma melhoria efetiva do clima organizacional e do engajamento dos colaboradores, porém cada uma delas deve levar em consideração o contexto, o momento e o setor da organização.
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Até Mais!
Um forte abraço e uma ótima semana!
Prof. Yuri Lázaro
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